terça-feira, 1 de julho de 2008

País vai produzir dois milhões de barris de petróleo a partir de Agosto

País vai produzir dois milhões de barris de petróleo a partir de Agosto

- Angola vai produzir dois milhões de barris de petróleo diários a partir de Agosto, acima da sua quota na Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), contribuindo para a estabilidade do mercado, afirmou Syanga Abílio, administrador da Sonangol.

Falando à agência de notícias angolana Angop à margem do 19º Congresso Mundial de Petróleos, o administrador da petrolífera estatal angolana defendeu ser necessário "aumentar os níveis de produção porque há défice (...) na projecção de produção" para os próximos meses, estando a matéria-prima a negociar em máximos históricos.

"As reservas petrolíferas não constituem problema. Hoje, o grande problema é garantir esta energia necessária para fazer face ao aumento da procura”, adiantou o mesmo responsável.

Syanga Abílio não referiu se o país, cuja produção petrolífera ultrapassou nos últimos meses a da Nigéria, está autorizado pela OPEP a ultrapassar a sua quota de produção. Angola está desde o início deste ano sujeita pela OPEP, cartel a que aderiu em 2007, a uma quota de produção diária de 1,9 milhões de barris.

A produção de petróleo de Angola manteve-se em Maio, pelo segundo mês consecutivo, como a maior de África sub-saariana, acima da nigeriana, que tem sido afectada por greves e atentados contra instalações petrolíferas, segundo dados da OPEP. Em Maio, Angola produziu 1,902 milhões de barris por dia, ultrapassando de novo a Nigéria cuja produção foi de 1,889 milhões de barris por dia.

Em Abril, a produção de Angola foi de 1,882 milhões de barris por dia, tendo a Nigéria produzido 1,824 milhões de barris diários. Nos próximos meses, os programas de exportação conhecidos - de petrolíferas como a BP, Total, Chevron ou Exxon Mobil - apontam para valores superiores em Angola. A produção angolana aumentou no ano passado 18 por cento, para uma média diária de 1,61 milhões de barris, segundo dados da Agência Internacional de Energia.

O país lusófono é actualmente origem de cinco por cento das importações petrolíferas norte-americanas (496 mil barris diários) e no primeiro trimestre do ano foi o principal fornecedor de petróleo da China, ultrapassando a Arábia Saudita, graças a um aumento de 55 por cento nas suas exportações para o país asiático.

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